domingo, 10 de junho de 2012

Como realizar um bom planejamento para Educação Infantil?





Você que leu os conteúdos deste blog, deve ter percebido que todos estão relacionados às práticas na Educação Infantil.

Relembre os tópicos abordados no blog fazendo os exercícios que seguem nos links abaixo:





Conhecer as características da faixa etária com a qual se trabalha é fundamental para iniciar um bom planejamento, pois sabendo dos interesses dos alunos, fica mais fácil projetar atividades que venham ter sucesso em sua sala de aula.

Com alunos pequenos, de até seis anos de idade, é importante que a rotina seja levada em conta na hora de planejar.





Não é necessário seguir uma ordem das atividades de rotina, elas devem se adequar ao trabalho da escola e aos horários disponíveis para cada uma delas. 


Brinquedo Livre


O professor pode participar do brinquedo livre, tomando o cuidado para não interferir e não criar regras para as crianças. Esse momento é importante, pois, o professor consegue observar o comportamento das crianças e suas preferências o que pode contribuir para o planejamento, ou mesmo identificar possíveis problemas de aprendizagem enquanto brincam.



Rodinha


A rodinha serve para que as crianças possam se ver enquanto conversam, trocam ideias e aprendem. Para fazer esse círculo o professor pode dispor almofadas individuais ou ainda um grande tapete, para que esse momento seja agradável e confortável e assim possa prender a atenção durante as atividades.

Na educação infantil, ao invés do professor chamar seus alunos utilizando uma lista, ele pode fazer fichas individuais com o nome de cada criança, podendo conter uma figura que irá contribuir para que a criança faça a associação ao seu nome. O momento torna-se lúdico e prazeroso à turma. A chamada pode ser feita de diversas maneiras. O professor pode mostrar as fichas questionando a quem pertence, qual a letra inicial, quantidade de letras, comparar as letras do seu nome com o dos colegas. Pode-se variar deixando todas as fichas no centro da roda para que cada um retire a sua, ou ainda uma das crianças pode fazer as vezes do professor, mostrando as fichas e questionando os colegas (esse momento costuma ser bem proveitoso pois eles se sentem respeitáveis perante o grupo, lembrando que a cada dia a oportunidade deve ser passada a uma criança diferente). Feita a chamada as fichas podem ser dispostas em um mural ou quadro de pregas, como esse da foto, feito com isopor e papel pardo. São materiais de baixo custo e a confecção do quadro é bem simples.





Durante a rodinha é o momento ideal para se realizar a hora do conto, seja com livro ou outro recurso didático, como é o caso dos fantoches.


Fonte: http://www.essaseoutras.com.br


Aprender Fazendo

Você conhece outros recursos para contar histórias? Quais?
Converse com seus colegas e discutam sobre as diversas possibilidades. Depois, escolha um livro de literatura infantil e em grupos criem diferentes recursos. Usem a a criatividade e lembrem-se que o mais importante é chamar a atenção das crianças para a histórias.
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Palavra de "Profe"
 O momento ideal para se apresentar algum objeto de estudos é durante a rodinha,. Certa tarde meus alunos da faixa etária cinco, encontraram uma lagarta no pátio um pouco antes da saída, quando a maioria dos colegas já haviam ido embora. Na ocasião, estávamos estudando as borboletas e o momento foi mágico, pois falávamos sobre as fases da metamorfose e a lagarta só aparecia nos vídeos e livros. 

O momento foi de muita euforia, e os meninos não viam a hora de poder compartilhar a descoberta com a turma. No dia seguinte, a surpresa: os dois puderam mostrar na rodinha a lagarta que haviam encontrado e que com a ajuda da professora colocaram num recipiente transparente e com ventilação. 

A turma toda vibrou e pode observar diariamente a transformação do inseto. Neste caso a rodinha foi feita no pátio da escola, em um cantinho não habitual, o que chamou ainda mais a atenção das crianças. Variar os espaços da rodinha é bem interessante, pois não fica monótono e os pequenos exploram espaços diferentes da sua sala de aula. Os resultados são surpreendentes...experimente com sua turminha!

Veja a lagarta que encantou e colaborou com o estudo das borboletas:



Higiene


A ida ao banheiro é um momento de aprendizagem. Parece algo corriqueiro e sem importância aos olhos de muitos adultos, mas até os cinco anos de idade, muitas crianças ainda são auxiliados pelos pais e quando chegam à escola, sentem-se "desamparados" pois terão que fazer sozinho, o que em casa não era necessário, pois sempre tiveram a ajuda dos pais ou familiares. Neste momento, o professor pode começar a desenvolver a autonomia das crianças, explicando que eles já tem condições de realizar sem ajuda a higiene, que precisam ser cuidadosos e sempre lavar as mãos com sabonete após a ida ao banheiro. Aos poucos o grupo vai se habituando e fazendo a higiene corretamente.

Hábitos de higiene devem ser trabalhados a todo o momento com as crianças, não somente na ida ao banheiro, mas antes de lanchar, após realizar alguma atividade artística envolvendo materiais como cola, tinta e massinhas. Em algumas escolas é possível também realizar a escovação dos dentes.

Não apenas a higiene pessoal, mas do ambiente em que convivem na escola é importante ressaltar. As crianças não precisam ser pequenos faxineiros, mas manter seus materiais, mesas e espaços limpos é simples, sem falar que eles adoram brincar com vassouras e panos imitando os adultos.


Lanche



Há quem pense que a hora do lanche é uma perda de tempo, afinal de contas, as crianças levam quase trinta minutos para comer um simples sanduíche, tempo esse que poderia ser utilizado com alguma atividade.

Engano de que pensa assim. A hora do lanche envolve mais aprendizado do que se possa imaginar. Desde o incentivo a uma alimentação saudável, os diferentes tipos de alimentos, cheiros e sabores podem ser explorados, além de trabalhar outras questões como a de compartilhar alimentos com os colegas e até mesmo matemática.

Matemática? Isso mesmo! Observe enquanto as crianças lancham, geralmente biscoitos e waffers são contados pelas crianças, e algumas fazem a divisão entre os colegas. Você nunca havia pensado nisso? Certamente agora você não vai mais "perder tempo" enquanto as crianças lancham, pelo contrário, vai explorar as diversas possibilidades de aprendizado que esse momento oferece.




Motricidade Fina – Atividades Artísticas


 

Desenhos prontos não estimulam a criatividade das crianças. Em alguns casos até frustram as crianças que até negam-se a desenhar, dizendo que não sabem. Desenhos para colorir, xerocados podem ser muito bonitos, mas os deixem de lado na hora de “fazer arte com as crianças”.

          Oportunize momento para que as crianças possam explorar os diversos materiais como giz de cera, lápis de cor, tintas, cola, argila e giz de quadro. Quando não são obrigados a desenhar uma casa, ou outro objeto designado pelo professor, a criança sente-se livre para fazer seus traçados sem se preocupar em fazer certo ou errado.
Trabalhar com diferentes papéis e texturas também é importante, como papel sulfite, pardo, revistas, jornais e lixas. Desenhos livres, rasgaduras e colagem podem ser propostos antes de pedir um determinado desenho.

Motricidade Ampla- Atividades de Educação Física



Essas atividades costumam ser as preferidas das crianças. Além da diversão em participar de jogos e brincadeiras, descobrir e conhecer o próprio corpo, suas potencialidades e seus limites.

 As atividades físicas e os jogos possibilitam o desenvolvimento das habilidades motoras de forma harmônica, estabelecem vínculos afetivos e troca, socializando com o outro. Entre um jogo e outro, pode-se realizar as rodas cantadas que já vimos nos textos anteriores.

É importante variar as atividades. No site da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul é possível encontrar diversas sugestões de jogos. Navegue, aprecie e coloque em prática com sua turma, as crianças vão adorar.  FACED/Jogos




Aprender Fazendo


Você deve estar se perguntando: mas como deve ser o planejamento?

Após essa leitura, certamente muitas ideias de atividades devem ter sugido a sua mente. Não existe uma receita, um molde único de como fazer um planejamento, mas agora, a partir dos conhecimentos que adquiriu, faça um planejamento de uma semana para alunos de cinco anos de idade, levando em conta todos os tópicos citados nesse texto.

Utilize sua criatividade, pesquise sobre o desenvolvimento infantil e muito importante: não esqueça de seguir os planos de estudos da escola que leciona. Lá estarão todos os objetivos que devem ser atingidos com a sua turma. Faça seu planejamento com a ideias que você obteve a partir da leitura desse documento aliada às deste texto do blog.

É importante que desde a Educação Infantil o professor faça com que os seus alunos sejam sujeitos pensantes, que consigam ter suas hipóteses e a partir delas as suas descobertas. Como diz Rubem Alves, o grande objetivo da educação é criar na criança a alegria de pensar. E por que não começar pelos pequenos? Assista o vídeo, inspire-se e bom trabalho!





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terça-feira, 1 de maio de 2012

Teatro na Educação Infantil




Uma boa dica para iniciar as dramatizações em sala de aula, é após contar uma história, pedir que as crianças brinquem com os personagens, podendo caracterizar-se com fantasias ou até mesmo os brinquedos da sala. Os pequenos adoram as dramatizações, e não precisa ser nada muito elaborado para que elas se interessem. Experimente!

O QUE É O ATO DE DESENHAR PARA A CRIANÇA?



(...)a arte pode constituir o equilíbrio necessário entre o intelecto e as emoções. Pode tornar-se como um apoio que as crianças procuram naturalmente- ainda que de modo inconsciente- cada vez que alguma coisa os aborrece; uma amiga à se dirigir, quando as palavras se tornam inadequadas. (Lowenfeld, 1954 -p. 19)

    Dentro desse apoio que a arte significa à criança, o desenho certamente é uma das atividades relacionadas à arte que a criança mais cedo recebe contato e incentivo para desenvolver habilidades – tanto pela família como pela escola ou convivência com outras crianças.


    Segundo Luquet, o desenho para a criança é uma forma de diversão; um jogo como qualquer outro(...) convém notar que é um jogo tranqüilo que não exige companheiro e ao qual se pode dedicar em casa tão comodamente quanto ao ar livre (Luquet. 1969 - Pg.15)


    Esse jogo, sob sua aparência desinteressada, é uma preparação para as atividades práticas da vida adulta e nele a criança se aplica com empenho e seriedade, trabalhando e desenvolvendo seu organismo psíquico. (Luquet 1969, Pg.221)


  







OS PROCESSOS MENTAIS ENVOLVIDOS NO ATO DE DESENHAR



    Uma das funções do desenho é evocar a forma, a estrutura, a essência dos objetos e dar forma a lembranças, sonhos, emoções. Eisner observa que a “imagem visual” aspira, não a uma réplica do mundo lá fora, mas aquele mundo muito mais real, que se situa na mente do homem.”(Pillar .1996 - pg. 20)



    Para Luquet (1969), uma das atribuições universalmente citadas, e justamente para o ensino do desenho, é o desenvolvimento do sentido de observação. É certo que, fazendo desenhar a criança, se atrai a sua atenção para motivos que talvez nunca a tenham interessado e do ponto de vista mais geral, não somente gráfico mas psíquico.


Conforme Luquet seja qual for o fato que evoca a representação de um objeto, e a intenção de desenha-lo; o desenho da criança nunca é uma reprodução servil dos objetos pois a criança desenha conforme um modelo interno, a representação mental que possui o objeto à ser desenhado. Tal modelo é traduzido pela linguagem gráfica de duas dimensões, tomando a forma de uma imagem visual e todo esse processo resulta de uma elaboração muito complicada apesar da sua espontainedade.


Já na teoria de Piaget sobre aquisição de conhecimento, a criança, ao se apropriar do real, busca reconstruí-lo em termos de objeto, espaço, tempo e causalidade. Tal reconstrução se faz inicialmente via ação do sujeito sobre objetos concretos e depois se estende para o plano da representação, da simbolização, do pensamento. Ela tem estágios. Se não houvesse reconstrução, reorganização por parte do sujeito, não haveria níveis do desenho. (Pillar, 1996,pg.20)

  
    De acordo com Piaget, “as relações entre o sujeito e o seu meio consistem numa interação radical, de modo tal que a consciência não começa pelo conhecimento dos objetos nem pelo da atividade do sujeito, mas por um estado indiferenciado e é desse estado que derivam dois movimentos complementares, um de incorporação das coisas ao sujeito, o outro de acomodação às próprias coisas.(Pillar, 1996, Pg 20-21)

    Assim, o sujeito, inicialmente indiferenciado do objeto conhecer, assimila, extrai informações do meio e necessita integrá-las, organizá-las num todo coerente. Ele necessita acomodar-se, transformar-se para integrar os novos dados. Tal fato acontece ao desenhar, onde são extraídas informações do meio e estruturadas em sistemas, os quais são modificados, reestruturados para dar conta de novos tipos de representação. (Pillar,1996, Pg.21)




                         


            B. 6 anos                                                                                                                          





Cantigas de Roda


Cantigas de Roda




Cantigas de Roda são um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e geralmente com coreografias.
Elas também podem ser chamadas de cirandas, e têm caráter folclórico. Esta prática, hoje em dia não tão presente na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de crianças de todas as idades em locais como colégios, creches, parques, etc.
Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo a letra. Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira. Muitas vezes fala da vida dos animais, usando episódios fictícios, que comparam a realidade humana com a realidade daquela espécie, fazendo com que a atenção da criança fique presa à história contada pela música, o que estimula sua imaginação e memória. São os casos das músicas “A barata diz que tem”, “Peixe vivo” e “Sapo Jururu”.
Em outros casos, algum objeto cria vida, ou fala-se de amor que para as crianças é representado principalmente pelo casamento, já que o exemplo mais próximo delas é o dos pais. Há ainda as que retratam alguma história engraçada, divertida para as crianças. Contudo, não podemos deixar de destacar as cantigas que falam de violência ou de medo. Apesar de esse ser um tema da realidade da criança, em algumas cantigas ele parece ser um estímulo à violência ou ao medo. Atualmente algumas canções vêm sendo alteradas por pessoas mais preocupadas com a influência das músicas na mente infantil.
Não há como detectar o momento em que as cantigas de roda, já que além de terem autoria anônima, são continuamente modificadas, adaptando-se à realidade do grupo de pessoas que as canta. São também criadas novas cantigas naturalmente em qualquer grupo social.
De acordo com Cascudo (1988), autor que se destaca pelo seu brilhante estudo e grande empenho a respeito do assunto, as cantigas de roda tem um caráter constante. “(…) apesar de serem cantadas uma dentro das outras e com as mais curiosas deformações das letras, pela própria inconsciência com que são proferidas pelas bocas infantis.” (ibid., p 676 ) Elas são transmitidas oralmente abandonadas em cada geração e reerguidas pela outra “numa sucessão ininterrupta de movimento e de canto quase independente da decisão pessoal ou do arbítrio administrativo.” (ibid., p. 146 )
Como podemos confirmar é de acordo com a sua utilização pelas crianças que a cantiga vai se tornando popular. As cantigas hoje conhecidas no Brasil têm origem européia, mais especificamente de Portugal e Espanha. Não é notável, porém, esta origem, pois as mesmas já se adaptaram tanto ao folclore brasileiro que são o retrato do país.
As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um local. Através dela dá-se a conhecer costumes, cotidiano das pessoas, festas típicas do local, comidas, brincadeiras, paisagem, flora, fauna, crenças, dentre muitas outras coisas. O folclore de determinado local vai sendo construído aos poucos através não só de cantigas de roda, mas também de histórias populares contadas oralmente, cantigas de ninar, lendas, etc.
“O folclore inclui nos objetos e fórmulas uma quarta dimensão sensível ao seu ambiente” (Câmara Cascudo)

Veja algumas sugestões para brincar com os pequenos:


Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acuda acuda acuda
A bandeira nacional

Samba Lelê 

Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas
Samba , samba, Samba ô Lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá (BIS)

O Cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada
O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pos-se a chorar

Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O Anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Nesta rua, nesta rua, tem um bosque
Que se chama, que se chama, Solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque tu roubastes o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque eu te quero tanto bem
Se esta rua se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meu, para o meu amor passar

Atirei o Páu no Gato

Atirei o páu no gato tô tô
Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau !!!!!!

Fui no Tororó beber água não achei
Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh ! Dona Maria,
Oh ! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha !
Sozinha eu não fico
Nem hei de ficar !
Por que eu tenho o Pedro
Para ser o meu par !

Ai bota aqui
Ai bota aqui o seu pézinho
Seu pézinho bem juntinho com o meu (BIS)
E depois não va dizer
Que você se arrependeu ! (BIS)

Terezinha de Jesus deu uma queda
Foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Tereza deu a mão
Terezinha levantou-se
Levantou-se lá do chão
E sorrindo disse ao noivo
Eu te dou meu coração
Dá laranja quero um gomo
Do limão quero um pedaço
Da morena mais bonita
Quero um beijo e um abraço

Como pode o peixo vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia

Sapo Jururu na beira do rio
Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está la dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento

São João Da Ra Rão
Tem uma gaita-ra-rai-ta
Que quando toca-ra-roca
Bate nela
Todos os anja-ra-ran-jos
Tocam gaita-ra-rai-ta
Tocam tanta-ra-ran-to
Aqui na terra
Maria tu vais ao baile, tu “leva” o xale
Que vai chover
E depois de madrugada, toda molhada
Tu vais morrer
Maria tu vais “casares”, eu vou te “dares”
Eu vou te “dares” os parabéns
Vou te “dares” uma prenda
Saia de renda e dois vinténs


Escravos de Jó

Escravos de Jó jogavam caxangá
Tira, bota deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue za (bis)

A Barata diz que tem sete saias de filó
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só !
A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo !
A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim
A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura
A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado